Uso de álcool e outras drogas
O aumento da procura por emoções na adolescência leva, naturalmente, jovens a se interessarem por experimentar substâncias que alteram seus estados de consciência.
Isso os expõem a riscos evidentes, pois o uso da maior parte das drogas é ilegal, pode resultar em acidentes e trazer graves consequências à saúde, as mais importantes das quais são overdose e adição (ou “vício”).
Uso abusivo de drogas, em todas as idades, dessensibiliza circuitos cerebrais de recompensa, diminui a motivação e a habilidade de sentir prazer em geral, aumenta a reatividade ao estresse e altera o funcionamento de regiões pré-frontais do cérebro.
Essas últimas alterações cerebrais reduzem habilidades de autorregulação comportamental que, por sua vez, dificultam muito a cessação do uso; são, também, largamente associadas à incidência de doenças psiquiátricas.
Quando há uso crônico (repetido) de drogas na adolescência, contudo, as consequências são piores do que em adultos, nos quais o cérebro já está plenamente formado.
Outro potencial problema em termos de bebidas alcoólicas é o “binge drinking”, isso é, o consumo de muitas doses na mesma ocasião, mesmo que isso ocorra só esporadicamente.
Ainda, quanto mais cedo o uso de substâncias na adolescência, maior é a tendência de que isso traga consequências negativas. O cérebro em desenvolvimento é bastante sensível a efeitos de drogas e à adição.
Fatores de risco para uso abusivo de drogas são estresse alto, presenças de transtornos psiquiátricos, alta impulsividade dos tipos urgência positiva e negativa, bem como propensão à busca de sensações.
Os pais devem estar atentos a sinais de uso abusivo de drogas ou álcool e intervir o mais rápido possível para reduzir danos persistentes.
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Referências bibliográficas
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