Influência dos “amigos” e a autoestima
Adolescentes diferem de adultos em termos do alto grau de influência que sofrem de outros adolescentes ao tomar decisões.
Veja mais sobre isso no tópico agir sem pensar, ou impulsividade.
A influência dos amigos pode ser boa e ruim.
Por um lado, sentir que somos parte de um grupo e ter uma boa vida social com pessoas da mesma faixa etária é essencial para o aprimoramento das competências sociais e regulação emocional.
Por outro lado, relações ruins com “amigos”, ou as tais “más influências”, podem ter consequências danosas tanto nas atitudes tomadas como na autoestima.
Mas a saída não é proibir as relações que os pais acham que são ruins.
Estudos científicos mostram que as tentativas dos pais de controlar as amizades dos filhos costumam ser contraproducentes.
Essas tentativas tendem a aumentar e não diminuir essas relações que são “indesejáveis” para os pais. Além disso, tentar separar os filhos de “amigos” tende a reduzir a comunicação entre as gerações, o que deve ser evitado a todo custo.
Sem diálogo, é muito difícil ajudar os adolescentes, pois fica até impossível saber quando eles precisam de ajuda.
E jovens precisam muito de ajuda, por muitos anos… No caso de identificação de “más influências”, se possível, converse e apoie seu adolescente até que ele(a) decida por si quais são suas verdadeiras amizades.
Caso as relações pessoais de adolescentes estejam afetando negativamente a autoestima de seu adolescente, talvez seja útil apontar a ele(a) que a autoestima só tende a melhor a partir da idade deles.
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Referências bibliográficas
Meeus, W. (2016). Adolescent psychosocial development: A review of longitudinal models and research. Developmental Psychology, 52(12), 1969. Doi: 10.1037/dev0000243
Orth, U., Erol, R. Y., & Luciano, E. C. (2018). Development of self-esteem from age 4 to 94 years: A meta-analysis of longitudinal studies. Psychological bulletin, 144(10), 1045.Doi: 10.3238/arztebl.2013.0432