Consequências das relações entre pais e filhos

Consequências das relações entre pais e filhos

21 de agosto de 2022 Pais 0

Pesquisas que acompanham famílias por muitos anos mostram vários padrões de desenvolvimento de adolescentes que acontecem de forma parecida em diferentes países. Portanto, devem se aplicar também no Brasil.

Essas pesquisas mostram que, ao longo de toda a adolescência, boas relações com pais e com amigos levam a um adequado desenvolvimento na transmissão de atitudes positivas, bons comportamentos interpessoais, incluindo os amorosos, maior empatia com outros e mais clareza sobre si.

Relações negativas, diferentemente, têm impactos maléficos em todos esses aspectos. Nesses casos, ter bons amigos pode ajudar muito e servir como bons modelos de relações positivas.

Uma nota sobre casos em que adolescentes apresentam tendências a ter e/ou apresentem transtornos psiquiátricos (como ansiedade, depressão e comportamentos antissociais): isso tende a piorar as relações com os pais e amigos. Todavia, é mais raro observar que relações difíceis com os pais e amigos causem o aparecimento desses transtornos na adolescência. Mesmo assim, é inegável que relações familiares ruins costumam vulnerabilizar adolescentes em muitos outros aspectos.

Outro fato importante envolve a dificuldade que os pais têm de respeitar a privacidade dos filhos.

É natural que queiram protegê-los, mas isso não justifica invasões de privacidade. Por exemplo: você bate na porta do quarto deles(as) antes de entrar? Bisbilhota as redes sociais deles? Acha isso certo?

Muitas pesquisas mostram que não respeitar a privacidade de jovens adolescentes traz consequências bastante negativas.

Os adolescentes que sentem que seus espaços e sua vida são invadidos tendem a esconder fatos e acontecimentos que podem precisar de uma intervenção parental positiva para reduzir potenciais danos.

Assim, é essencial que adolescentes sintam que os pais confiam neles e os respeitam. É preciso também que jovens sintam que há espaço para conversas, INCLUSIVE nos casos em que eles se encontram em situações complicadas e/ou nos casos em que acabaram fazendo besteiras…

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Referências bibliográficas:

Meeus, W. (2016). Adolescent psychosocial development: A review of longitudinal models and research. Developmental Psychology52(12), 1969. Doi: 10.1037/dev0000243

Schlabritz-Loutsevitch N, Jauregui M, Jain B (2015) Comment on the Recent Publication in the “New England Journal of Medicine”: “Trends in Mental Health Care among Children and Adolescents” (Olfson et al., 2015). J Depress Anxiety 4: 193. doi:10.4193/2167-1044.1000193

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