Baixo nível socioeconômico

Baixo nível socioeconômico

30 de novembro de 2022 Professores 0

O baixo nível socioeconômico costuma ter influência negativa importante no desenvolvimento não só de crianças, mas também de adolescentes.

As potenciais causas disso são:

1) não ter acesso a uma dose adequada de estimulação cognitiva (ex. escolas de baixa qualidade);

2) conviver com adultos de baixa escolaridade, que tem uma especial relação com prejuízo no desenvolvimento de linguagem;

3) ter baixo acesso a saneamento básico, serviços de saúde e uma alimentação adequados;

4) estar exposto continuamente ao estresse e/ou à violência, que tendem a ser mais frequentes em famílias que passam dificuldades financeiras.

Diferenças no desempenho cognitivo de jovens expostos a estes fatores em relação àqueles que têm melhores condições de vida costumam aumentar à medida que ficam mais velhos. Ou seja, entre crianças pequenas, as diferenças cognitivas costumam ser menores, mas aumentam em adolescentes, jovens adultos e idosos.

Habilidades como organização, planejamento, raciocínio lógico e flexibilidade cognitiva (habilidades chamadas “funções executivas”) em geral são associadas a uma escolarização adequada. Portanto, observa-se que o baixo nível socioeconômico (ex., estudar em escolas de mais baixa qualidade) pode estar associado a dificuldades nessas habilidades.

Habilidades relacionadas à linguagem são também bastante afetadas por falta de acesso a conversas com pessoas com um bom vocabulário, pouca leitura e escolarização inadequada.

E o que fazer para reverter esse cenário?

Idealmente, melhores condições de vida devem ser providas logo a partir da primeira infância para evitar essas desvantagens socioeconômicas. É possível também, ao menos em parte, reverter parte desses prejuízos cognitivos dando acesso à escola, mesmo que mais tarde na vida. Relação positivas com os pais são também essenciais e promovem resiliência!

Quanto a outros aspectos do comportamento, observa-se, ao menos no Brasil, que, surpreendentemente, jovens que classes mais abonadas apresentam mais sintomas de transtornos mentais (depressão, ansiedade). Quanto à impulsividade, não foram observados efeitos de nível socioeconômico na população brasileira, incluindo adolescentes. Outros aspectos, como identificação de expressões faciais, etc., não foram muito investigados em adolescentes de diferentes níveis socioeconômicos, portanto não é possível estimar seus efeitos.

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Referências bibliográficas

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